domingo, 24 de março de 2013

Os Índios do Brasil Olímpico


POR ALBERTO MURRAY NETO

No final dos Jogos Olímpicos em Londres, o Brasil, por seus governos e autoridades olímpicas, utilizou largamente a imagem do nosso índio, querendo mostrar ao mundo que aqui há respeito aos nativos, preservação da cultura e diversidade.

Pois bastou representantes da comunidade indígina serem obstáculo para os planos megalômanos da patota olímpica futebolística para sentarem o safarro neles.

E o cara de pau do governador do Rio, o parlapatão Sérgio Cabral (o filho), mentiu.

Disse que desalojar os índios do museu ao lado do Maracanã era uma exigência da FIFA que, oficialmente, negou.

A verdade é que a cartolagem olímpica e do futebol não queria nas cercanias do “templo do futebol” uma comunidade “maltrapilha e uma casa caindo aos pedaços.”

O governo do Rio e a cartolagem querem envernizar a cidade e, para eles, índio não é motivo de orgulho.

É racismo, preconceito, crueldade, segregacionismo de uma elite que faz muito mal ao Brasil.

Essa mesma elite que passa por cima de famílias instaladas nos caminhos do “progresso esportivo brasileiro”, pondo abaixo casas, escolas para construir “elefantes brancos” super faturados.

Foi assim no Panamericano de 2.007.

Está sendo assim na Copa do Mundo. E será igual nos Jogos Olímpicos.

No mesmo local em que índios do Brasil foram tirados de seu lar debaixo de vara, será construído um museu olímpico.


Um local que certamente será objeto de polêmica, de contas obscuras, como é tudo que fazem para “fomentar o esporte brasileiro.”

Tamanho contrasenso.

Acho que os representantes das comunidades indígenas do nosso País deveriam enviar protesto formal à FIFA, ao COI e à ONU.

E muita atenção !!!!

A intenção do Pajé Olímpico é dar o nome de Carlos Arthur Nuzman ao Museu Olímpico!

O COI já havia manifestado seu desagrado.

Não podemos permitir isso.

Será outra briga.

Nota do blog do Juca Kfouri: Talvez agora, com as benesses do governador dos guardanapos parisienses, Nuzman consiga o que, como já informou o próprio Murray, não conseguiu ao se candidatar, pela ARENA da ditadura, à vereança na Cidade Maravilhosa.